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12 Abril 2010

No fim, Filipe Lima não esteve bem. Nenhum problema em especial nisso, claro. O golfe é assim mesmo: hoje joga-se bem e amanhã terrivelmente – e o mais importante é estar alerta o suficiente para, quando o “momentum” chegar (e mesmo que ele demore um, dois, cinco, dez anos), se conseguir agarrá-lo. Filipe Lima está nessa fase: fazendo o seu trabalho e, entretanto, esperando o “click”. Para além disso, tem 28 anos, encontrando-se portanto a pelo menos uns cinco ou seis da maturidade enquanto golfista, que como se sabe costuma ocorrer na segunda metade casa dos 30. Nada de grave, pois.

Mas o facto é que, entre todos os 156 jogadores que alinharam à partida neste Madeira Islands Open, Lima era o terceiro mais bem classificado no ranking mundial – e uma 55ª posição final fica, naturalmente, aquém das expectativas, tanto as do próprio jogador como as do público que acorreu ao Porto Santo para revê-lo em acção na primeira divisão europeia. E, salvaguardadas as compreensíveis dificuldades de expressão em português por parte de quem nasceu, cresceu e vive fundamentalmente em França, talvez não fosse aconselhável Filipe ter sugerido, na conferência de imprensa final, que a dimensão da derrota corresponde apenas à dimensão do torneio, o segundo com menor prize money no calendário 2010 do European Tour.

Por causa de Portugal e do convite da Federação Portuguesa de Golfe para jogar com as cores portuguesas, Filipe Lima tem hoje uma dimensão mediática (e não só) com que muitos jogadores franceses da sua idade e do seu nível não podem sonhar. Muito bem saberia a tantos deles terem nascido filhos de portugueses, de gregos, de cipriotas ou de cidadãos de qualquer outro país virtualmente sem golfe de alta competição, podendo com isso passar de anónimos golfistas franceses a principais representantes da modalidade desse (e nesse) país. E, nesse sentido, é importante que Filipe integre que, tendo muito a provar a si próprio, não deixa de ter também alguma coisa a provar aos adeptos portugueses.

Até consegui-lo, é natural que a pressão vai aumentando lentamente, tanto da parte dos media como da parte do público. Boas notícias para ele, apesar de tudo: antes assim do que não haver pressão nenhuma. É sinal de que estamos vivos e ainda esperneamos.

COMENTÁRIO (especial Madeira Islands Open). O Jogo, 12 de Abril de 2009

publicado por JN às 23:46

11 Abril 2010

Fomos ao Celtic Manor Resort com Ricardo, guarda-redes do Bétis de Sevilha, para jogar o mesmo campo onde, em Outubro, Tiger Woods, Pádraig Harrintgon e os outros monstros sagrados todos disputarão a Ryder Cup 2010. O campo revelou-se areia de mais para ambas as camionetas, ninguém acertou na bola e a igualdade final quase parecia combinada. Ainda se falou num desempate a penáltis. Mas quem é o maluco que se mete num desempate a penáltis com Ricardo?

O convite partiu do próprio comité de organização da Ryder Cup 2010. Ricardo aceitara a proposta para servir de rosto à promoção da prova em Portugal e nós estávamos convidados a viajar até ao País de Gales para experimentar, ao lado do guarda-redes do Bétis de Sevilha, o Twenty Ten Course do Celtic Manor Resort, campo onde, entre 1 e 3 de Outubro, Tiger Woods e Pádraig Harrington, Phil Mickelson e Sergio García, Steve Stricker e Ian Poulter, Kenny Perry e Paul Casey e outros 16 dos melhores jogadores mundiais disputarão a 38ª edição da mais importante prova golfística do mundo, com audiências televisivas apenas suplantadas pelas dos Jogos Olímpicos e do Campeonato do Mundo de futebol.

Não hesitámos – e fizemo-nos ao caminho. Problema: os quase sete quilómetros de traçado, mais os seus ventos cruzados e os seus muitos lagos, partiram-nos o coração. Connosco jogaram Paul Williams, director de marketing do Celtic Manor Resort, e Rui Coelho, representante da Nike em Portugal – e ambos conseguiram sair dali de cabeça erguida. Nós não. Com handicaps parecidos (7,8 e 8,2), fizemos um jogo parecido também: poucos greens in regulation, menos up-and-downs ainda e, pelo contrário, muitos fluffs, muitas bolas perdidas em lagos e um monte de greens a três putts. O empate foi quase como que uma solução de compromisso – e, no fim, foi preciso agendar para a manhã imediatamente a seguir um jogo no contíguo Roman Road Course, em jeito de tira-gosto.

O relato é na primeira pessoa. As fotos são do José Carlos Pratas, que também entra na história. Oxalá ninguém leia isto.

 

Buraco 1

Par: 4

Distância: 425 metros

 

O buraco é comprido – e, na ânsia de colocar-se em posição para poder atingir o green in regulations, Ricardo sai à direita, para o rough. Eu fico no meio do fairway, mas à segunda passo o green. Resultado: um chip e dois putts para cada um – dois bogies, portanto. Calma, calma, ainda estamos a aquecer…

 

Resultado: ALL SQUARE

 

Buraco 2

Par: 5

Distância: 557 metros

 

Ricardo sai mal, com um drive muito curto e à esquerda. Eu pareço sair bem, mas atinjo um bunker de farway, com um enorme lábio de permeio. Ele ainda consegue atingir o green em quatro, eu só lá chego em cinco. Vale-me que ele faz três putts. Dois duplos-bogies, pois. Por esta altura já devíamos estar aquecidos, não?

 

Resultado: ALL SQUARE

 

Buraco 3

Par: 3

Distância: 172 metros

 

Falhamos ambos o green e estamos ainda ambos na fringe ao fim de duas pancadas. Ele faz mais um chip e dois putts, eu salvo um bogie com up-and-down. 1Up para mim, certo. Mas – meu Deus – como isto está alinhado por baixo… Propusessem-nos um 80 para cada um e já as aceitávamos de caras.

 

Resultado: “O JOGO” 1UP

 

Buraco 4

Par: 4

Distância: 421 metros

 

Falhamos ambos o fairway, chegamos ambos em três ao green e fazemos ambos três esforçados putts, saindo ambos de lá com um vergonhoso duplo-bogey. A depressão instala-se – e o facto de os greens serem duros, rápidos, cheios de slope e dificílimos de ler não serve de desculpa. Vamos começar de novo, Ricardo?

 

Resultado: “O JOGO” 1UP

 

Buraco 5

Par: 4

Distância: 417 metros

 

Eu começo com um pull, faço um layup, um pitch shot e dois putts. Ele sai bem, mas falha o green à segunda e não consegue o up-and-down. É o stroke 1, tudo bem. Mas, ao nosso lado, o Rui Coelho faz birdie. A coisa começa a assumir contornos de humilhação. Se calhar, dois 85 já vinham bem a calhar…

 

Resultado: “O JOGO” 1UP

 

Buraco 6

Par: 4

Distância: 413 metros

 

Ricardo mete duas na água e eu estou no meio do fairway. Mas atiro-me para o birdie e meto a segunda na água também, enquanto ele ainda falha o green com a sexta. Ganho-lhe um buraco com triplo bogey. Começamos a discutir a hipótese de este texto não ser muito pormenorizado. José Carlos, isto se calhar vai ser mais fotos do que outra coisa…

 

Resultado: “O JOGO” 2UP

 

Buraco 7

Par: 3

Distância: 194 metros

 

Ele falha o green à direita, faz um fluff e salva o bogey com up-and-down. Eu atinjo o green in regulations, mas faço três putts. Mais um empate. Sete buracos vezes dois jogadores é igual a catorze buracos e um só green in regulations. Este sacaninha deste campo está a tentar chatear-nos. Mas ele já vai ver o que é bom para a tosse…

 

Resultado: “O JOGO” 2UP

 

Buraco 8

Par: 4

Distância: 401 metros

 

Falhamos ambos o fairway, falhamos ambos o green e falhamos ambos o scramble. Mais um bogey para cada. Com distâncias assim, arriscamos sempre de mais e pomo-nos sempre em posição de desvantagem. O que isto precisa é de uma nova abordagem. Voltássemos cá amanhã e outro galo cantaria. Até o diabo se ria às gargalhadas…

 

Resultado: “O JOGO” 2UP

 

Buraco 9

Par: 5

Distância: 608 metros

 

Nova abordagem – e, enfim, o jogo começa a aparecer. O buraco 5 é longuíssimo, mas Ricardo joga-o todo bem, faz green in regulations, dois putts e par. Eu estou a 130 metros em duas, mas passo o green, apanho um mau lie e não consigo chippar para perto da bandeira. Nenhum problema: já foi golfe. Que grande back nine isto vai ser…

 

Resultado: “O JOGO” 1UP

 

Buraco 10

Par: 3

Distância: 192 metros

 

Ricardo dá o seu melhor shot do dia e falha o hole-in-one por escassos dez centímetros, deixando-nos com a respiração suspensa até que a bola se imobilize ao lado da bandeira, para um easy birdie. A mim não me resta outra coisa senão fazer o humilde bogey da ordem, anotar os resultados e passar à frente. O momentum é dele.

 

Resultado: ALL SQUARE

 

Buraco 11

Par: 5

Distância: 513 metros

 

A vista a partir do tee é deslumbrante, com sete buracos espraiando-se à nossa frente. E, aparentemente, começa mesmo a jogar-se golfe no Twenty Ten Course. Ricardo sai à direita, mas corrige bem e chega ao green em três. Eu estou bem à segunda, ponho a bola no bunker à terceira, mas consigo o up-and-down. Dois pars. Ah, jogadores!

 

Resultado: ALL SQUARE

 

Buraco 12

Par: 4

Distância: 418 metros

 

Dois lagos e eu não metia lá nenhuma bola? Claro que meto: um belíssimo hook que me deixa em apuros logo à saída. Ele faz um bogey normal, ficando curto à segunda, fazendo chip e dois putts. Eu faço mais um duplo. É oficial: Ricardo está pela primeira vez a ganhar. E o problema é que ainda há uma série de lagos pela frente…

 

Resultado: RICARDO 1UP

 

Buraco 13

Par: 3

Distância: 172 metros

 

Haveria muito a dizer sobe este buraco, se não se desse a circunstância de as palavras não chegarem para exprimir a raiva. Permitam-me que não fale no score, a não ser para dizer que Ricardo me ganha por uma. O resto são os suspiros da ordem: “Mas qu’é isto, Jesus Cristo?!”, “O que é que se passa, meu Deus?!” No fim, é sempre Nosso Senhor quem nos vale…

 

Resultado: RICARDO 2UP

 

Buraco 14

Par: 4

Distância: 377 metros

 

Por esta altura já não tenho nada a perder: o mínimo que O Jogo pode fazer é despedir-me. De forma que, enquanto Ricardo bate um shot conservador à esquerda, acabando por cair no segundo lado, eu tento vencer o primeiro, faço par e lhe ganho o buraco. Epa, Ricardo, afinal este campo é para meninos…

 

Resultado: RICARDO 1UP

 

Buraco 15

Par: 4

Distância: 344 metros

 

É o buraco assinatura do campo: um par 4 longuíssimo se jogado pelo fairway, mas com boa possibilidade de eagle se jogado por cima das árvores. Arriscamos os dois, ficando ambos a 20 metros do green – mas depois fazemos ambos pitch shot e três putts. É o green mais difícil do campo. Muitos corações se vão quebrar aqui em Outubro…

 

Resultado: RICARDO 1UP

 

Buraco 16

Par: 4

Distância: 464 metros

 

Par quatro longuíssimo, com vento contrário em versão rajada – isto joga-se para bogey e pronto. Eu bato dois bons shots, mas escolho mal o ferro do terceiro, passo o green e quase choro para safar um duplo. Ricardo abre bem, falha o segundo shot, mas mete a bola no green à terceira. Pronto, estou dormie. Como é que eu explico isto em Lisboa?

 

Resultado: RICARDO 2UP

 

Buraco 17

Par: 3

Distância: 192 metros

 

Par 3 compridíssimo – e a minha cabeça no cepo. Ricardo bate um ferro e, mesmo assim, passa o green. Eu bato uma madeira 3 e vou parar exactamente ao mesmo sítio. Ele faz chip e dois putts, eu salvo um up-and-down com um putt americano que me permite continuar vivo. Afinal, isto ainda não acabou, hã, Rickieboy?

 

Resultado: RICARDO 1UP

 

Buraco 18Par: 5

Distância: 560 metros

 

Lá ao fundo, o green parece já nem sequer estar em território galês. Ainda nos pomos os dois em posição de atacar o green à terceira, mas falhamos ambos pela esquerda, eu para a ribanceira e ele para o bunker. Ele põe a bola na água à quarta, eu dou  minha melhor pancada do dia: um lob shot que me permite empatar o jogo. E se deixássemos isto assim mesmo, Ricardo?

 

Resultado: ALL SQUARE

 

 

 

RICARDO: “Já não consigo viver sem golfe”

 

Como recebeu o convite para ser o rosto da promoção da Ryder Cup em Portugal?

Foi uma coisa inesperada, mas não hesitei. Adoro este jogo e gostava muito de, naquilo que me fosse possível, contribuir para despertar essa mesma paixão nos mais novos.

Entre os golfistas amadores portugueses, é provavelmente um dos que têm a possibilidade de tocar mais pessoas. Sente essa responsabilidade?

É mais do que uma responsabilidade: é uma honra. Apesar de já termos o mais difícil de tudo, que são os campos magníficos, precisamos de pôr mais gente a jogar. O que se faz, em primeiro lugar, tirando da cabeça das pessoas a ideia de que isto é um desporto para velhos. Muita gente nem sequer tem ideia da dificuldade deste jogo, da competição que envolve.

É um jogo mais difícil do que o futebol?

É que não tem mesmo nada a ver. Para mim, é o desporto mais difícil de todos. Eu já pratiquei muita coisa. Já fiz rali, já fiz karting, já fiz motonáutica, agora sou profissional de futebol – sei bem do que falo. Às vezes, os amigos dizem-me: “Tu, que só praticavas desportos malucos, agora jogas golfe? Está muito mais calmo…” E eu só respondo: “Mais calmo? Mas isto é a maior maluquice que eu meti na vida…” Maluquice porque é um jogo dificílimo. E maluquice porque, quando se experimenta, já não se consegue viver sem ele. Hoje, por exemplo, é segunda-feira. Pois eu não jogava desde quinta e já estava angustiado.

Tem pena de só ter começado a jogar aos 30 anos?

Muita pena mesmo. É o que acontece com 99% das pessoas, aliás. Todos os golfistas passam a vida a dizer: “Que pena não ter começado mais cedo…”

Se tivesse começado mais cedo, podia ter sido profissional de golfe, em vez de profissional de futebol?

Talvez, não sei... Ser profissional de golfe é sempre muito difícil.

Nunca lhe passa pela cabeça profissionalizar-se depois de deixar o futebol?

É muito complicado. Em Espanha, o Guti, que tem o mesmo handicap que eu, já disse publicamente que, quando deixar o futebol, quer tornar-se profissional de golfe. Mas eu acho que uma pessoa tem de avaliar bem as coisas em que se mete. Os profissionais de golfe jogam com campos muito difíceis, à chuva e ao vento. Para além disso, têm de dedicar no mínimo seis horas por dia ao seu trabalho. Nós, futebolistas, mesmo que treinemos de manhã e à tarde, treinamos quatro horas – e já é um dia para rebentar. Eu adorava ser profissional de golfe. Mas tinha de ser dos bons – e isso sei que já não é uma possibilidade.

Pretende ser um amador de bom nível, portanto.

É o meu sonho. Adorava ser handicap 3, 4, no máximo 5. Para manter aquela coisa da competição que tenho dentro de mim.

Rui Jorge, que foi  seu colega do Sporting, costuma dizer que não tem ansiedade competitiva no golfe, porque a esgotou no futebol. Não é o seu caso.

Não. Eu tenho mais ansiedade competitiva ainda. Este é um desporto que nos põe à prova de dois em dois minutos. É um desporto de muita concentração. A bola está ali, mas acertar naquela coisinha pequenina é muito difícil – e obrigá-la a fazer aquilo que queremos que fala, ainda mais.

Um guarda-redes é um mau exemplo, porque se sofrer um frango pode estragar um jogo. Mas, um médio centro pode falhar quinze passes e ainda ser o melhor em campo. No golfe não é assim.

Pois não. Basta falhar um shot. No futebol, é diferente. Correu-te mal, acorreste mal a um cruzamento, saíste fora da área e o tipo fez-te um chapéu – paciência, ainda podes ganhar o jogo. O golfe não te dá segundas oportunidades. Não tem nada a ver.

Quando tempo ainda espera jogar futebol?

Talvez mais uns três ou quatro anos. Tive um problema num joelho, ao longo do qual ainda pensei em parar. Mas agora está resolvido. Sinto-me bem e quero continuar.

Ainda pensa na Selecção Nacional de futebol?

Nunca vou deixar de pensar. Enquanto jogar futebol, vou pensar sempre.

Tem esperança de ir ao Mundial?

Neste momento, não. Tenho a noção de que, para ser uma opção válida, tinha de estar a jogar no meu clube.

Regressar a Portugal é uma hipótese?

É uma hipótese.

Mas há perspectivas? Neste momento, o Ricardo é demasiado caro para os clubes portugueses, não?

É um tema delicado. Mas tudo se contorna, quando há vontade. Eu saí porque tinha o desejo de experimentar uma liga nova. Claro que, em termos financeiros, a diferença foi significativa. Mas o facto é que já sei como é o campeonato espanhol.

Ainda gostava de voltar a jogar no Sporting?

Sem dúvida. Tenho saudades.

Soube que pretende, depois da carreira de futebolista, desenvolver projectos de caridade na área do golfe.

Sim. Não só de caridade, mas de solidariedade em geral. Inclusive entre golfistas, profissionais e amadores, que precisem de ajuda nas suas carreiras.

Que ideias tem?

Várias. Muitas ideias mesmo. Mas é preciso reunir tempo, vontades, colaborações… Logo vemos o que acontece.

Esta colaboração com a Ryder Cup pode ser uma boa aproximação a esses projectos?

Penso que sim. Há uma experiência que se vai acumulando, há contactos que vão surgindo... Este é “só” o terceiro maior evento desportivo do mundo. É preciso não esquecer isso. E atenção: nem sequer há prize money – os jogadores jogam só prestígio, o que é uma lição de vida para toda a gente que queira fazer uma carreira na área do desporto, qualquer que seja a modalidade.

O que achou deste Twenty Ten Course?

Magnífico. Já estou habituado a distâncias longas, mas estas são ainda mais longas. É um campo muito difícil. Tenho a noção que, se o jogasse outra vez, já o fazia melhor. Mas, em Outubro, vai estar ainda mais complicado, com o rough crescido e tudo…

Vem ao País de Gales ver a competição – é assim?

Ainda não sei se consigo. Estava a pensar meter uns meses de baixa, mas no futebol não se pode (risos). De qualquer forma, é uma coisa que já disse a mim mesmo: uma das primeiras coisas que quero fazer quando deixar o futebol é ver uma Ryder Cup e experimentar aquele ambiente. E ainda acho que, um dia, vou ver uma com um português em campo: o meu amigo Pedro Figueiredo.

Está preparado para colaborar na candidatura de Portugal à Ryder Cup 2018?

Claro. Em tudo o que for preciso. Tenho muita fé no êxito da candidatura. O mundo inteiro sabe que nós sabemos organizar competições de grande nível. Se é assim no futebol, porque é que não haveria de ser no golfe também?

 

 

 

38ª Ryder Cup

 

A Ryder Cup foi fundada em 1927 por Samuel Ryder. Disputa-se de dois em dois anos, alternadamente entre a Europa e os Estados Unidos. A equipa europeia começou por ser apenas formada por jogadores da Grã-Bretanha, alargando-se depois à Irlanda (1973) e ao resto da Europa (1979). Os Estados Unidos venceram 25 edições e a Europa 10, tendo-se registado 2 empates. Depois das vitórias da Europa em 2002, 2004 e 2006, os EUA venceram em 2008, sendo portanto os detentores do título para 2010.

 

CAMPO: Twenty Ten (Celtic Manor Resort, Newport, País de Gales)

DATAS: 1 a 3 de Outubro de 2010

PARTICIPANTES: 12 jogadores europeus (capitaneados por Sir Colin Montgomerie) e 12 jogadores americanos (capitaneados por Corey Pavin)

BILHETES: entre os € 34 e os € 1078, adquiríveis através de inscrição no site www.seetickets.com (cerca de 200 mil bilhetes de diferentes durações para sortear entre os inscritos)

REPORTAGEM. J (O Jogo), 4 de Abril de 2010

publicado por JN às 23:49

11 Abril 2010

Ontem de manhã havia vários voos do Porto Santo e da Madeira para os mais variados destinos – e neles, naturalmente, viajavam muitos dos jogadores que falharam o cut neste Madeira Islands Open. O ambiente era de alguma consternação. Para muitos dos profissionais presentes esta semana no arquipélago, o torneio madeirense é uma oportunidade de ouro: por um lado, tem um field limitado, mais acessível do que o normal; por outro, oferece uma isenção de um ano para a primeira divisão do circuito europeu, para além de um prémio monetário razoável.

Pois, à excepção de eventuais verbas negociadas com patrocinadores, nenhum dos 87 jogadores que falharam a qualificação para o fim-de-semana ganhou um tostão. Tudo não passou de prejuízo, no fundo: as viagens e as estadias, os materiais e os caddies, os snack e os próprios souvenirs. O que é especialmente grave nesta categoria de jogador, note-se. Alguns facturam tão pouco que têm de dividir o quarto com adversários. E outros preferem até ficar num apartamento, de forma a poderem ir ao supermercado comprar um frango grelhado para o jantar.

Foi por isso que me encantou aquela imagem, pois. Eram nove horas da manhã e os derrotados começavam a amontoar-se em frente Hotel Pestana, à espera do autocarro para o aeroporto. Até que, conferidos os minutos que ainda tinha de espera e o espelho que se formava na fachada do hotel pela existência de um vidro sobre fundo escuro, um deles voltou a abrir o saco dos tacos – e de imediato os restantes o imitaram, mergulhando no ensaio de sucessivos swings ao espelho, conferindo cada um deles um aspecto diferente do respectivo movimento e preocupando-se todos com a identificação do defeito que os mandara mais cedo para casa.

O golfe, já se sabe, é uma obsessão. Mas é também, ou mesmo sobretudo, trabalho. E o que nos mostram uma série de derrotados a ensaiar swings ao espelho, enquanto esperam pelo autocarro que os levará para longe do cenário do seu fracasso, são duas coisas. A primeira é que qualquer golfista, logo após a derrota, é corroído interiormente pelo desejo de voltar para cima do cavalo o mais depressa possível. A segunda é que a forma como sobe para cima do cavalo é de novo laboriosa, em mais um tributo desta maravilhosa modalidade à vontade indómita, à dedicação e ao mérito. É possível não gostar de um jogo assim?

COMENTÁRIO (especial Madeira Islands Open). O Jogo, 11 de Abril de 2009

publicado por JN às 18:37

10 Abril 2010
Não sei exactamente em que buraco Filipe Lima puxou ontem do primeiro cigarro. Assisti apenas a uma parte da ronda realizada pelo jogador português e, tenha isso sido por virtude de concentração ou por defeito de vício próprio, nem sequer me apercebi de que o jogador fumara. Mas alguns espectadores reunidos em frente à club-house do Porto Santo mostravam-se, ao final da tarde, um tanto chocados com o facto de terem avistado Lima puxando uma fumaça algures junto ao fairway do buraco 10 – e eu só posso imaginar que seja por desconhecimento da modalidade.

O Madeira Islands Open não é apenas mais um torneio do European Tour. Do prize money que oferece ao field que reúne, tem uma série de especificidades que o tornam, simultânea e um tanto paradoxalmente, mais modesto e mais competitivo do que uma série de outros torneios europeus. Mas, sobretudo, o golfe não é apenas mais uma modalidade desportiva. Jogado a cada dia durante (pelo menos) quatro longuíssimas horas, exige uma concentração inatacável, tentando-a entretanto com uma série de períodos mortos durante os quais o cérebro humano sente o quase incontrolável impulso de visitar os seus fantasmas.

Fumar não é a melhor solução, naturalmente. Fumar – reconhece-o sem reticências um daqueles fumadores que, como os alcoólicos, permanecerão fumadores mesmo quando conseguirem vencer a intermitência da decisão de parar – faz mal, mesmo muito mal. Mas na ausência de um psicólogo, como costuma sublinhar o multi-campeão argentino Ángel Cabrera, pode ajudar (e, nalguns casos, ajuda) no combate à ansiedade. De resto, e se foi no 10 que Lima efectivamente fumou, talvez se deva bendizer esse cigarro. Porque foi precisamente no buraco a seguir que o português começou a conter a hemorragia que chegou a ameaçar levá-lo do primeiro lugar à exclusão para as jornadas do fim-de-semana.

Há momentos na vida em que, como diz Wooy Allen, o importante é encontrar “o que quer que funcione” (ou “whatever works”). Passar um cut no European Tour pode muito bem ser um desses momentos. E agora, por favor, Filipe, macinho guardado até ao buraco 10 de amanhã.

COMENTÁRIO (especial Madeira Islands Open). O Jogo, 10 de Abril de 2009

publicado por JN às 13:27

09 Abril 2010

Há algo na prestação de Edgar Rodrigues nesta primeira ronda do Madeira Islands Open que faz lembrar a de Gonçalo Sequeira Braga no ano passado. Chamado pela primeira vez a disputar um torneio do European Tour, o profissional de ensino do Palmela Village fez então 88 pancadas (+16) na primeira volta e 90 (+18) na segunda, acabando 14 shots acima do penúltimo classificado. Pois ontem Edgar Rodrigues, profissional de ensino do Palheiro, terminou a sua primeira ronda com um total de 92 (+20) pancadas, a dez de distância do penúltimo classificado. E o mais provável é que desempenhos desta natureza devessem levar os organizadores e os patrocinadores a pararem para pensar na actual política de atribuição de wildcards.

 

Se Gonçalo Sequeira Braga, Edgar Rodrigues e outros profissionais portugueses chegam a um torneio desta natureza e inscrevem no placard final um número escandaloso, isso deve-se, antes de qualquer outra coisa, à inexistência de um circuito nacional para profissionais digno desse nome. Havendo um circuito nacional, não só estes jogadores talvez tivessem outros espaços para ver recompensada a sua paixão como, se efectivamente fossem alvo da atribuição de wildcard para um torneio destes, talvez fossem capazes de disfarçar melhor, com recurso à experiência, o seu nervosismo e mesmo as suas debilidades técnicas. Desta maneira, da primeira vez que deixam o seu clube é logo para serem lançados às feras – e, no fim, hão-de voltar para casa um tanto envergonhados.

Naturalmente, a organização tem de atender às sugestões dos patrocinadores, para quem a escolha dos wildcards, por vezes, se deve a tudo menos a razões competitivas. Mas não valeria a pena considerar a hipótese de, em vez de profissionais de ensino, atribuir estas vagas aos jovens amadores das selecções nacionais, com experiência na alta competição e, eventualmente, um futuro pela frente?

COMENTÁRIO (especial Madeira Islands Open). O Jogo, 9 de Abril de 2009

publicado por JN às 13:12

08 Abril 2010

Ao que está em causa neste Madeira Islands Open, certame ainda à margem do topo dos torneios europeus, mostrou-mo o caddie de John Parry, jogador do top 20 do Challenge Tour 2009. Estávamos já várias formações em volta do tee do 14, um daqueles par 4 cujo green, em havendo coração (e em, aliás, escasseando o vento contrário), se pode tentar atingir à primeira pancada – e o primeiro a bater, assim que os da frente conseguissem concluir o buraco, seria precisamente Parry. Até que o seu caddie aproveitou o compasso de espera para uma pequena brincadeira (que era, na verdade, um pouco mais do que isso): pegou numa bússola, colocou-a no chão e apontou com o indicador a Oeste. “América!”, declarou.

O que está em causa neste Madeira Islands Open, cujo field o adiamento do Open de Portugal deixou um tanto depauperado, é isso: os grandes campeonatos, as grandes taludas e o futuro em geral, todos eles de alguma forma simbolizados pelo americano PGA Tour. Naturalmente, e como em todos os torneios profissionais, há aqui jogadores na casa dos 30 anos (e, aliás, dos 40). Mas há, sobretudo, uma verdadeira legião de jovens ávidos de um lugar ao sol. De uma oportunidade de ganhar algum dinheiro, sim – mas sobretudo de garantir uma isenção no European Tour. Uma espécie de “segunda liga”? Tudo bem. O facto é: a segunda liga é sempre mais competitiva  (e, às vezes, mesmo mais exigente) do que a primeira.

Algo me diz que vamos ter um grande torneio. Afinal, nem só de Tiger Woods vive o golfe – e bem pode acontecer que, na sombra de Augusta, outro tigre se espreguice, ensaiando na Madeira os seus primeiros passos em direcção à América.

COMENTÁRIO (especial Madeira Islands Open). O Jogo, 8 de Abril de 2009

publicado por JN às 23:06

04 Abril 2010

Jogadores dos cinco continentes, incluindo mais de duas dezenas de países. Vários antigos campeões do torneio, incluindo o vencedor do ano passado, Estanislao “Tano” Goya. Uma dúzia de jogadores portugueses, incluindo os oito primeiros classificados do ranking da PGA Portugal, três profissionais madeirenses e o campeão nacional absoluto de amadores, Ricardo Mello Gouveia. Está no terreno a 18ª edição do Madeira Islands Open, o primeiro dos três torneios portugueses da versão 2010 da Race to Dubai. As voltas de treino começam amanhã. Na quarta realiza-se o pro-am. Entre quinta-feira e domingo disputam-se as rondas competitivas. A SportTV Golfe fará o acompanhamento, com reportagens, resumos e magazines especiais.

Talvez se pudesse esperar um pouco mais do field, mas a verdade é que há uma explicação lógica para a ausência de vários nomes que alguns esperariam encontrar na Madeira. Transformado este ano (para efeitos do European Tour) num opposite field do The Masters Tournament, que se realiza no mesmo fim-de-semana em Augusta (EUA), o torneio madeirense esperava capitalizar a marcação do Open de Portugal para a semana seguinte, recebendo alguns dos melhores jogadores europeus interessados em conquistar pontos, quer na Corrida Para o Dubai, quer no caminho para a Ryder Cup de Outubro. Infelizmente para ele, o Open de Portugal acabou por ser adiado para Junho, levando alguns jogadores de topo (como Paul McGuinley, jogador Ryder Cup que chegou a estar inscrito) a oferecerem-se a si próprios duas semanas de férias, aproveitando a paragem da semana passada nos campeonatos da primeira divisão europeia.

E, no entanto, não faltam no Porto Santo motivos de interesse competitivo. A começar pela defesa do título planeada por Estanislao “Tano” Goya, o jovem argentino (21 anos) que no ano passado surpreendeu o mundo ao saltar directamente do Tour de Las Américas para uma vitória no circuito europeu. “Foi um sonho tornado realidade. Quero ser um dos melhores jogadores do Mundo e a vitória na Madeira foi um dos passos importantes que dei nesse sentido, ao garantir o cartão para o European Tour nos próximos dois anos”, disse na altura Goya, entretanto convocado para representar a Argentina na Taça do Mundo, em substituição de Ángel Cabrera. Pois o jogador está de regresso à Madeira, agora no papel de campeão em título a quem cabe roubar o troféu.

Entre os 155 jogadores que tentarão impedi-lo de reeditar o triunfo estão doze portugueses. À cabeça surge Filipe Lima, que, depois da excelente participação no Open da Andaluzia da semana passada, vai à Madeira tentar melhorar o seu próprio recorde no que diz respeito à classificação de jogadores nacionais no torneio madeirense (um 12º lugar, obtido precisamente em 2009). Mas não só: presentes estarão também os restantes sete primeiros classificados do ranking da PGA Portugal, nomeadamente Ricardo Santos, António Sobrinho, António Rosado, Nuno Campino, Tiago Cruz, Hugo Santos e Henrique Paulino. A estes juntam-se os madeirenses João Pedro Sousa (13º), Duarte Freitas (21º) e Edgar Rodrigues (26º). E, entretanto, há também um amador: Ricardo Melo Gouveia, que naquele mesmo campo venceu no ano passado o Campeonato Nacional Absoluto (tal como Rosado venceu o nacional de profissionais).

Ao todo, estarão presentes na Madeira 156 jogadores, o limite autorizado a partir deste ano em torneios do European Tour (até ao ano passado apenas eram aceites 144 por prova). Os melhores 52 disputarão o pro-am de quarta-feira, ao lado dos 156 amadores convidados pela organização. Todos, menos os dois amadores do field, estarão na corrida pelos € 116.000 de prémio reservado para o vencedor, numa bolsa total que ascende a € 700.000. A transmissão televisiva chegará a mais de 200 milhões de lares em todo o mundo, com naturais benefícios para a promoção do turismo madeirense. O circo está montado há vários dias em torno do Porto Santo Golfe, percurso de Severiano Ballesteros que recebe a competição pela segunda consecutiva, depois das 16 edições realizadas no Santo da Serra. É o 14ºtorneio do PGA European Tour de 2010 – e os resultados contam ao mesmo tempo para o Ranking Mundial de Golfe, a Corrida para o Dubai (Ordem de Mérito Europeia) e a tabela europeia da Ryder Cup.

 

€ 700.000 em jogo

A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, o European e o BPI Portugal mantém para este ano os 700 mil euros de prémio distribuídos no ano passado. O dinheiro será repartido entre todos os jogadores que passarem o cut. A divisão entre os dez primeiros será a seguinte:

 

Posição            Prize money

1          € 116,660

2          € 77,770

3          € 43,820

4          € 35,000

5          € 29,680

6          € 24,500

7          € 21,000

8          € 17,500

9          € 15,680

10       € 14,000

 

O traço do mestre

O campo desenhado por Severiano Ballesteros para o Porto Santo ainda não reflecte o nova grande idiossincrasia dos desenhos de “Seve” (a existência de seis par 3, seis par 4 e seis par 5), mas já contém alguns dos desafios em que o antigo número 1 do mundo mais aposta para surpreender os jogadores. Ao todo, são 6442 metros, marcados por extraordinárias vistas sobre o oceano e, já agora, os mais inesperados ventos. Depois de 16 edições no Santo da Serra, na Madeira, o torneio disputa-se no Porto Santo pelo segundo ano consecutivo.

 

PORTO SANTO GOLFE

Arquitecto: Severiano Ballesteros

Lançamento: 2004

Par: 72

SCORECARD

Buraco            Par            Jardas            Metros

1          4            471            431

2          4            452            413

3          5            539            493

4          4            434            397

5          3            166            152

6          5            544            497

7          3            224            205

8          5            569            520

9          3            207            189

OUT  36            3606            3297

Buraco            Par            Jardas            Metros

10       5            535            489

11       4            339            310

12       5            534            488

13       3            200            183

14       4            393            359

15       3            128            117

16       4            492            450

17       3            217            198

18       5            603            551

IN       36            3441            3145

TOTAL            72            7047            6442

 

18 anos de tradição

Britânicos, escandinavos, europeus continentais, sul-americanos – quase todos os tipos de jogadores venceram na Madeira ao longo das 17 edições do Madeira Islands Open já disputadas. Tano Goya, campeão de 2009, vai agora defender o seu título. As voltas de treino começam amanhã. Na quarta-feira realiza-se o pro-am. Entre quinta-feira e domingo disputam-se as rondas competitivas.

 

ANO            DESIGNAÇÃO DO TORNEIO  CAMPO            VENCEDOR            PRIZE MONEY

2010            Madeira Islands Open BPI-Portugal            Porto Santo Golfe            ?            € 700,000

2009            Madeira Islands Open BPI-Portugal            Porto Santo Golfe            Tano GOYA            € 704,182

2008            Madeira Islands Open BPI-Portugal            Santo da Serra            Alastair FORSYTH            € 700,000

2007            Madeira Islands Open BPI            Santo da Serra            Daniel VANCSIK            € 695,980

2006            Madeira Island Open Caixa Geral de Depósitos            Santo da Serra            Jean VAN DE VELDE            € 695,980

2005            Madeira Island Open Caixa Geral de Depósitos            Santo da Serra            Robert-Jan DERKSEN            € 608,865

2004            Madeira Island Open Santo da Serra            Christopher HANELL            € 604,470

2003            Madeira Island Open Santo da Serra            Bradley DREDGE            € 606,237

2002            Madeira Island Open Santo da Serra            Diego BORREGO            € 555,712

2001            Madeira Island Open Santo da Serra            Des SMYTH            € 557,317

2000            Madeira Island Open Santo da Serra            Niclas FASTH            € 555,802

1999            Madeira Island Open Santo da Serra            Pedro LINHART            € 499,321

1998            Madeira Island Open Santo da Serra            Mats LANNER            £ 302,230

1997            Madeira Island Open Santo da Serra            Peter MITCHELL         £ 300,898

1996            Madeira Island Open            Campo de Golfe da Madeira            Jarmo SANDELIN            £ 303,108

1995            Madeira Island Open            Campo de Golfe da Madeira            Santiago LUNA            £ 251,980

1994            Madeira Island Open            Campo de Golfe da Madeira            Mats LANNER            £ 252,758

1993            Madeira Island Open            Campo de Golfe da Madeira            Mark JAMES            £ 251,194

 

 

12 portugueses à procura de glória

Depois da excelente participação no Open da Andaluzia, Filipe Lima regressa ao Porto Santo para tentar melhorar o seu próprio recorde quanto à classificação de portugueses no Madeira Islands Open, estabelecido no ano passado (12º). Mas há no field outros 11 jogadores nacionais, incluindo três madeirenses e o campeão nacional de amadores, Ricardo Mello Gouveia. Eis os 156 golfistas presentes no arquipélago a partir de amanhã, altura em que se iniciam as rondas de treino:

 

CATEGORIA 3: vencedores de torneios da Ordem de Mérito Europeia entre 2008 e 2010

Michael Hoey             WAL

Jeppe HULDAHL             DEN

Hennie OTTO            RSA

Mark BROWN            NZL

 

CATEGORIA 3B: vencedores de torneios dual ranking European/Challenge Tour e de torneios R2D com prize money infeior a € 1,5 M entre 2009 e 2010

Richie RAMSAY            SCO

Rafael CABRERA-BELLO            ESP

Michael HOEY            NIR

Tano GOYA                      ARG

 

CATEGORIA 4: convites dos patrocinadores

Edgar RODRIGUES                    POR

Dale WHITNELL         ENG

Luke GOUGH            ENG

Ben EVANS            ENG

João Pedro SOUSA            POR

Jurgen MAURER            AUT

Duarte FREITAS            POR

 

CATEGORIA 5: jogadores da Ordem de Mérito nacional

Ricardo SANTOS            POR

António SOBRINHO        POR

António ROSADO            POR

Nuno CAMPINO            POR

Tiago CRUZ            POR

Hugo SANTOS            POR

Henrique PAULINO            POR

 

CATEGORIA 6: Antigos vencedores do torneio

Jarmo SANDELIN            SWE

Diego BORREGO            ESP

Santiago LUNA            ESP

 

CATEGORIA 8: jogadores classificados nas posições 1ª-120ª da Race to Dubai 2009

Jamie DONALDSON     WAL

Fabrizio ZANOTTI            PAR

David HORSEY            ENG

Marcel SIEM GER

Gary ORR            SCO

David LYNN            ENG

Gary LOCKERBIE         ENG

Joost LUITEN            NED

 

CATEGORIA 8A: extensão médica

Stephen GALLACHER      SCO

 

CATEGORIA 10B: jogadores classificados nas posições 1ª-10ª do Challenge Tour 2009

José-Filipe LIMA            POR

Peter WHITEFORD     SCO

Andrew BUTTERFIELD   ENG

Gary BOYD            ENG

Julien QUESNE            FRA

Richard MCEVOY            ENG

Robert COLES            ENG

 

CATEGORIA 11: jogadores classificados nas posições 11ª-15ª do Challenge Tour 2009

Carlos RODILES            ESP

Chris GANE            ENG

John PARRY            ENG

Andrew TAMPION            AUS

 

CATEGORIA 11B: jogadores classificados nas posições 1ª-31ª da Qualifying School do European Tour 2009

Simon KHAN            ENG

Sam HUTSBY            ENG

Alejandro CAÑIZARES            ESP

Fredrik OHLSSON            SWE

Eirik Tage JOHANSEN        NOR

Mark F HAASTRUP         DEN

Steven O’HARA            SCO

Clodomiro CARRANZA        ARG

Benjamin HEBERT            FRA

Fredrik ANDERSSON HED            SWE

Phillip ARCHER            ENG

Carl SUNESON            ESP

Jamie ELSON            ENG

Gary MURPHY            IRL

Andrew COLTART            SCO

Steven JEPPESEN            SWE

Anton HAIG            RSA

George COETZEE            RSA

James RUTH            ENG

Patrik SJÖLAND            SWE

Stephan GROSS JR.            GER

Jean-Baptiste GONNET            FRA

Julien GUERRIER            FRA

Simon THORNTON        IRL

Scott DRUMMOND     SCO

Lorenzo GAGLI            ITA

 

CATEGORIA 11C: jogadores classificados nas posições 16ª-20ª no Challenge Tour 2009

Andrew MCARTHUR     SCO

James MORRISON        ENG

Sion E. BEBB            WAL

François CALMELS            FRA

 

CATEGORIA 11D: extensão médica

Gary CLARK            ENG

Henrik NYSTRÖM            SWE

 

CATEGORIA 12: jogadores classificados nas posições 121ª-153ª da Race To Dubai

Oliver FISHER                     ENG             125

Alessandro TADINI            ITA

Pelle EDBERG            SWE

Benn BARHAM            ENG

Callum MACAULAY     SCO

Marc CAYEUX            ZIM

Lee SLATTERY         ENG

Miles TUNNICLIFF      ENG

Carlos DEL MORAL            ESP

Klas ERIKSSON            SWE

Magnus A. CARLSSON        SWE

Robert DINWIDDIE         ENG

Branden GRACE            RSA

Roope KAKKO            FIN

 

CATEGORIA 13: vencedores de torneios do Challenge Tour entre 2009 e 2010

David VANEGAS            COL

Eric RAMSAY            SCO

Jamie MCLEARY            SCO

Alexandre KALEKA            FRA

Lee S JAMES            ENG

 

CATEGORIA 13B: jogadores classificados nas posições 21ª-45 do Challenge Tour 2009

Alan WAGNER            ARG

Matthew ZIONS            AUS

Oscar FLOREN            SWE

Florian FRITSCH            GER

Sam WALKER            ENG

Andrew MARSHALL         ENG

Anders Schmidt HANSEN            DEN

Stuart MANLEY            WAL

Martin WIEGELE            AUT

Åke NILSSON            SWE

Adam GEE            ENG

 

CATEGORIA 14: jogadores classificados até à posição 31ª na Qualifying School do European Tour 2009

Wil BESSELING        NED

Liam BOND            WAL

Thorbjorn OLESEN            DEN

Michiel BOTHMA            RSA

Manuel QUIROS            ESP

Christophe BRAZILLIER      FRA

Ghislain ROSIER            FRA

Nicolas MEITINGER         GER

Mads VIBE-HASTRUP            DEN

Niall KEARNEY            IRL

Keith HORNE            RSA

Chris GAUNT            AUS

Andrea MAESTRONI       ITA

Johan AXGREN            SWE

Marco SOFFIETTI            ITA

Paul EALES            ENG

Julien CLÉMENT            SUI

Bernd WIESBERGER      AUT

Charlie FORD            ENG

Tim STEWART            AUS

Cesar MONASTERIO    ARG

Oliver WHITELEY         ENG

Louis MOOLMAN        RSA

Adilson DA SILVA            BRA

Anthony SNOBECK            FRA

Rolf MUNTZ            NED

Luis CLAVERIE            ESP

Andrew OLDCORN            SCO

 

CATEGORIA 16: jogadores do Challenge Tour

Jordi  GARCIA            ESP

Fredrik WIDMARK        SWE

Jan-Are LARSEN            NOR

Charles-Edouard RUSSO            FRA

Mikko KORHONEN        FIN

Colm MORIARTY         IRL

George MURRAY            SCO

Philip GOLDING            ENG

Garry HOUSTON            WAL

Steve SURRY            ENG

Antti AHOKAS            FIN

 

CATEGORIA 99: amadores

Jonathan BELL ENG

Ricardo MELLO GOUVEIA            POR

FEATURE. J (O Jogo), 4 de Abril de 2010

publicado por JN às 23:44
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Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974. Publicou “O Terceiro Servo” (romance, 2000), "O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas” (contos, 2002), “Al-Jazeera, Meu Amor” (crónicas, 2003) e “José Mourinho, O Vencedor” (biografia, 2004). Está traduzido em Inglaterra e na Polónia, editado no Brasil e representado em antologias em Espanha, Itália e Brasil, para além de Portugal. Jornalista, tem trabalhado... (saber mais)
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